sábado, 4 de março de 2006
O nascimento
Tenho um pensamento perdido entre pensamentos…
Tenho um desabafo encravado
Prestes a explodir
Quase a eclodir de dentro da minha boca!
Estou no crescendo, voltando-me para a nostalgia do antes
Do “há quase tanto tempo que já nem me lembro”
Estou a surgir devagar,
Estou a envolver-me na tua exígua urbanidade...
Prometi odiar-te… mas volto
Prometi desprezar-te e abraço-te sem ironias e cansaços
Abro-te os meus braços e o meu coração
De pequena estrela
De modesta estrela…
Deixo-te um pouco mais de mim, mais do que apenas o que te deixei antes
Porque entrego o meu ficar aonde a vida me deixou,
Mas sem resignação.
Agora a palavra “esperança” e “morte” têm outro sentir
Agora “Antero” exala um aroma diferente
Mais sublime, mais complexo…
Agora “Abrantes” soa a poesia e casa e soa a mim mesma,
Ao meu voltar a mim.
Eu estou no crescendo do meu interior…ainda não acabei por aqui
Vou dar-me a ti cada vez mais, o que puder dar do meu sorrir
Do meu sentir, do meu acreditar.
Vejo-te minha pequena, como eu mesma sou assim,
Meio provinciana, meio tímida, meio poeta, meio actriz...
Como a metade de mim que agora desabafo perante ti!
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