sexta-feira, 24 de março de 2006

Hoje falei...com DEUS

hoje falei com Deus, mas ele não me ligou muito...mandou-me ir ver televisão e perguntou-me qual era o meu programa preferido. Pedi-lhe ajuda para um problema e ele mandou-me ir falar com alguém sobre o assunto...dahhh...eu já estava a falar com deus...enfim... estou a ver que nem mesmo deus me pode ajudar...

http://www.titane.ca/concordia/dfar251/igod/

domingo, 19 de março de 2006

Tempo

o meu post hoje fala do tempo. Do controlo do tempo.

a cada minuto que passa, foi um minuto da minha vida que perdi...ou será que ganhei? Se o ganhei, foi porque fiz alguma coisa de útil...mas eu já perdi tanto tempo da minha vida a fazer coisas completamente INUTEIS!!!! Estou a perder tempo da minha vida que não vai voltar atrás...estou a esbanjá-lo como se fosse muito abonada em tempo de vida...se eu não sei, então porque o gasto em coisas futeis, inuteis...
Não posso voltar atrás, embora às vezes gostasse, mas posso fazer com que da próxima vez seja diferente...ou não? Posso tentar mudar...mas se não consigo mudar certos aspectos da minha natureza, como é que posso aproveitar o meu tempo, que não volta atrás, de uma maneira que não o sinta mal gasto???

O meu tempo é como uma pedra no charco que faz ondulações concentricas...elas não voltam para trás... mesmo que atires outra pedra, ela só vai criar mais e mais ondulações... Assim é o meu tempo...imutável, incontrolável...incontornável...

" Era bom que o mundo inteiro se pusesse a curtir!"in Antero

sexta-feira, 17 de março de 2006

Amor ou Posse?


"O nosso «amor pelo próximo» não será o desejo imperioso de uma nova propriedade? E não sucede o mesmo com o nosso amor pela ciência, pela verdade? E, mais geralmente, com todos os desejos de novidade? Cansamo-nos pouco a pouco do antigo, do que possuímos com certeza, temos ainda necessidade de estender as mãos; mesmo a mais bela paisagem, quando vivemos diante dela mais de três meses, deixa de nos poder agradar, qualquer margem distante nos atrai mais: geralmente uma posse reduz-se com o uso. O prazer que tiramos a nós próprios procura manter-se, transformando sempre qualquer nova coisa em nós próprios; é precisamente a isso que se chama possuir.

Cansar-se de uma posse é cansar-se de si próprio. (Pode-se também sofrer com o excesso; à necessidade de deitar fora, pode assim atribuir-se o nome lisonjeiro de «amor). Quando vemos sofrer uma pessoa aproveitamos de bom grado essa ocasião que se oferece de nos apoderarmos dela; é o que faz o homem caridoso, o indivíduo complacente; chama também «amor» a este desejo de uma nova posse que despertou na sua alma e tem prazer nisso como diante do apelo de uma nova conquista. Mas é o amor de sexo para sexo que se revela mais nitidamente como um desejo de posse: aquele que ama quer ser possuidor exclusivo da pessoa que deseja, quer ter um poder absoluto tanto sobre a sua alma como sobre o seu corpo, quer ser amado unicamente, instalar-se e reinar na outra alma como o mais alto e o mais desejável."

Friedrich Nietzsche, in 'A Gaia Ciência'

segunda-feira, 13 de março de 2006

meia meia

descobri que... acho que...mas não te posso dizer sem saber se...e depois o que acontece ...é melhor não arriscar em...porque é que não vi antes que...tinha sido tão mais fácil...e agora, será que vais...e é sempre tão dificil...e depois, olhas-me e eu não sei decifrar bem...acho...

só posso esperar...

sábado, 4 de março de 2006

O nascimento




Tenho um pensamento perdido entre pensamentos…
Tenho um desabafo encravado
Prestes a explodir
Quase a eclodir de dentro da minha boca!

Estou no crescendo, voltando-me para a nostalgia do antes
Do “há quase tanto tempo que já nem me lembro”
Estou a surgir devagar,
Estou a envolver-me na tua exígua urbanidade...

Prometi odiar-te… mas volto
Prometi desprezar-te e abraço-te sem ironias e cansaços
Abro-te os meus braços e o meu coração
De pequena estrela
De modesta estrela…

Deixo-te um pouco mais de mim, mais do que apenas o que te deixei antes
Porque entrego o meu ficar aonde a vida me deixou,
Mas sem resignação.

Agora a palavra “esperança” e “morte” têm outro sentir
Agora “Antero” exala um aroma diferente
Mais sublime, mais complexo…
Agora “Abrantes” soa a poesia e casa e soa a mim mesma,
Ao meu voltar a mim.

Eu estou no crescendo do meu interior…ainda não acabei por aqui
Vou dar-me a ti cada vez mais, o que puder dar do meu sorrir
Do meu sentir, do meu acreditar.

Vejo-te minha pequena, como eu mesma sou assim,
Meio provinciana, meio tímida, meio poeta, meio actriz...

Como a metade de mim que agora desabafo perante ti!